Televisores terão de ser equipados com ferramenta de interatividade

Software livre será instalado nos aparelhos e permitirá que os telespectadores façam compras pela TV

Fabiana Pimentel

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SÃO PAULO – A partir deste ano, a maioria dos aparelhos de televisão fabricados na Zona Franca de Manaus terá de ser equipada com o Ginga, ferramenta que possibilita a interatividade na TV.

O software livre nacional permite que os telespectadores consultem informações sobre a programação, façam compras e acessem dados bancários pela televisão.

Conforme publicado pela Agência Brasil, os consumidores deverão pagar até R$ 80 a mais pelo aparelho equipado com o software, porém, o secretário de Serviços de Comunicação Eletrônica do Ministério das Comunicações, Genildo Lins, o valor poderá ser absorvido pelas empresas.

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A consulta pública sobre as mudanças no PPB (Processo Produtivo Básico), encerrada em outubro de 2011, prevê que pelo menos 75% dos televisores com tela de cristal líquido sejam equipados com o software a partir deste ano. Já no ano que vem, todos os aparelhos terão de trazer o programa instalado.

As contribuições feitas na consulta pública ainda serão analisadas pela área técnica do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e a publicação está prevista para o o começo deste ano.

Sinal digital
Até o final de 2012, o Ministério das Comunicações deverá ter autorizado a transmissão do sinal digital para todas as 400 geradoras do País, que são responsáveis pela produção de conteúdo. A previsão é de que até 2016 todos os canais com sinal analógico já tenham sido digitalizados.

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Segundo Lins, foram implementadas recentemente mudanças para agilizar a autorização da digitalização de geradoras e retransmissoras, e a ideia é que, até o final deste ano, cerca de três mil processos tenham sido analisados. Depois da autorização do ministério, os radiofusores terão seis meses para colocar o canal em funcionamento. “Nós vamos ser eficientes, mas isso também vai exigir uma eficiência maior do radiofusor”, afirma.

Com a agilização dos processos, a procura das emissoras por novos equipamentos deve aumentar, o que poderá facilitar as condições de financiamento pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico). “O principal argumento dos bancos é que não há demanda para fazer linha de financiamento. Quando tiver uma demanda razoável, vamos trabalhar para facilitar o financiamento”, comenta Lins.

Rádio digital
A rádio digital também poderá ser implantada no País. Para isso, até o final do ano, a equipe técnica do Ministério das Comunicações deverá ter definido qual o melhor sistema para ser utilizado no Brasil. Até agora, o sistema europeu foi o único a ser testado. O americano, que também se apresentou, não mandou os equipamentos para teste. Já o prazo para o envio dos equipamentos para serem avaliados termina em março.

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Depois dos testes, o governo ainda terá de trabalhar para a implantação da indústria que fabricará os novos aparelhos de rádio preparados para receber o sinal digital. “A posição do ministério é que os aparelhos de rádio têm que ser produzidos no Brasil. Vamos ver quem vai oferecer a melhor proposta para trazer a tecnologia para cá”, afirma.

De acordo com Lins, a intenção do governo é ter, até o final de 2013, pelo menos uma rádio comunitária funcionando em cada município brasileiro. “Isto é democratização da informação. A comunidade local tem o direito de ter uma voz, de se comunicar, de emitir sua opinião”, completa.

O Ministério já lançou avisos de habilitação de rádios comunitárias para quase todas as cidades, com exceção de seis municípios na região metropolitana de São Paulo, por inviabilidade técnica, pois na região o espectro está muito congestionado.

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